Web Novels Brasil (Desativado)
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Ir para baixo
avatar
lucky3ds
Mensagens : 25
Data de inscrição : 01/06/2021

Sempre esperando por você. Empty Sempre esperando por você.

Sex Abr 29, 2022 7:23 am
Capitulo XII— Como as folhas que caem...

Faz calor, o céu continua azul como sempre, as arvores balançam por causa do vento, as pessoas ao meu redor estão sempre ocupadas demais para notar tudo isso. Hoje é dia de provas na escola e eu provavelmente devo ser maluco, já que terminei a prova mais cedo só para ter um tempo para apreciar a vista.
Todos parecem tão esforçados... E alguns sussurram.
—Qual a reposta da dois?
—Eu sei lá ainda estou na um.
—A meu deus ainda faltam 3 provas para podermos ir embora daqui.
E todos davam aquela respirada cansada, enquanto curvavam os ombros.
Logo o tempo passou e pouco depois de todas as provas terminarem todos nós fomos juntos para casa, estávamos eu, Eviy, Joseph, Code e Eri.
Jhon não poderia vir conosco pois o caminho para sua casa era completamente diferente do nosso.
—Pena que o Jhon não pode vir com a gente, seria legal telo aqui. —Disse Joseph enquanto caminhava entediado.
—Bom pelo menos a grande parte veio com a gente. —Eu disse, estando cansado, pois foi um dia inteiro de provas.
—Já sei! —Gritou Eri.
—Já sabe o que? —Disse Joseph, com um certo sarcasmo.
—Por que não vamos a algum passeio esses dias, afinal estamos quase no festival e não vamos ter nada muito importante de aula daqui pra frente.
—É você tem razão, mas...
E todos disseram em uma só voz com desanimo.
—Essa cidade não tem absolutamente nada.
—Bom nem tudo está perdido temos algumas opções como, por exemplo: Andar de bicicleta por alguns pedaços mais afastados e também podemos pegar um ônibus e ir à praia. —Disse Eviy, ela parecia querer se entrosar na conversa, embora que ela pareça estar desconfortável.
—Tem razão se cada um pagar a passagem e ainda contribuir com a comida a gente pode ir.
Mais uma vez todos em uma só voz.
—Não tenho um tostão furado.
—É, parece que vai ser o passeio de bicicleta, mas a gente podia levar algo a mais... podíamos fazer um piquenique.
—Pode ser, acho que seria bom levar protetor solar. —Eu falei enquanto desviava de um buraco no chão.
—Sério mesmo quem de vocês vai continuar nessa cidade depois de terminar a escola. — Eviy falou isso com desprezo pela cidade.
—Eu pretendo ficar, aqui não tem nada, mas, toda a minha família está aqui e meio que se eu sair daqui isso não resolve os problemas dessa cidade. —Eu disse afinal ela estava querendo se enturmar com a gente então seria bom se eu tentasse ajudar.
—Eu acho essa cidade uma porcaria vamos concordar, eu só piso aqui porque...
Joseph foi interrompido por Eri que terminou a frase.
—Porque não aprendeu a sair voando ainda.
E todos riram dele. E Eri continuou dizendo.
—Essa cidade é cheia de problemas, mas todo lugar tem problemas. O mundo não é fácil e apenas problemas constantes. Às vezes algo muda, mas normalmente não é para melhor.
—Acho que o que eu gosto daqui são só as pessoas mesmo, nunca consegui ter memorias boas com nada aqui. —Disse Eviy, talvez ela tenha se lembrado do que aconteceu antes. Com certeza tudo aquilo ainda machuca ela.
Então enquanto andávamos Eri para de andar e todos olham para ela que parece um pouco nervosa, então ela diz.
—Só tem um problema, embora eu tenha dito para fazermos um passeio de bicicleta...
—Não me diga que você não sabe andar ainda? —Disse Joseph com um sorriso que ia de um canto a outro.
—Bom, sim eu não aprendi a andar.
Então eu olhei para ela e falei.
—Não é tão difícil, eu tenho dinheiro aqui, por que não alugamos algumas bicicletas para irmos para casa e depois devolvemos? —Na verdade, eu tinha trazido dinheiro para comprar alguns materiais de desenho, mas como ela estava preocupada demais, acho que era o certo a se fazer.
—Que ideia incrível, pena que nem todos trouxeram dinheiro. —Disse Joseph, enquanto cruzava os braços.
—Bom nesse caso eu pago apenas a dela, afinal ela ainda tem que aprender a andar.
Fizemos um pequeno desvio para alugar a bicicleta. Seguimos para uma rua relativamente plana e num estante ela montou na bicicleta e eu comecei a ajudá-la.
—Olhe os pedais precisam estar sempre se mexendo, senão você vai cair, mas você deve olhar para a frente e controlar o guidom, entendeu.
—Entendi! —Ela disse com um sorriso alegre, mas logo voltou a postura olhando para frente.
Eu nunca pensei muito sobre isso, mas acredito que o momento em que as garotas são mais bonitas são quando estão concentradas em algo. Os olhos dela semicerrados olhando atentamente para a frente, suas mãos estavam firmes enquanto seguravam o guidom, e uma gota de suor escorria de sua testa, mas tudo isso só a tornava mais bela.
—Ei! Lucky acorda e ajuda a menina.
—A! É mesmo.
—Claro que sim, esse só vive no mundo da lua, parece até que escreve um livro nos pensamentos.
—HA! HA! HA! Muito engraçado senhor Joseph, você é quase um humorista.
Bom realmente ele consegue ser irritante quando quer.
—Vamos começar, está pronta Eri?
—Acho que não.
—Ótimo, vamos começar com eu te ajudando no equilíbrio.
Então coloquei uma das mãos no guidom e outra nas suas costas, e ela até que foi bem, ela acelerava e andava cada vez mais rápido pela rua. Algumas pessoas apareceram para assistir e ela seguiu sem perceber.
Cada vez mais a velocidade aumentava então, eu finalmente soltei a bicicleta e deixei ela seguir só.
Ela continuou seguindo sem ter medo, mas ela logo percebeu que eu tinha soltado e ela olhou para traz e me viu ofegando sem ar.
E imaginem um avião da segunda Guerra caindo em câmera lenta, bom é quase essa a minha visão aqui. O guidom começou a virar e ela se envergava cada vez mais para manter ele reto, mas ela não conseguia controlar o guidom, e então a sua trajetória parecia tão perfeita que nem se eu quisesse fazer aquilo eu conseguiria. Ela deu um grito e então bateu com a bicicleta na lata de lixo, A lata virou e caiu lixo para todo lado e ela caiu para o outro.
Eu juro que tentei segurar o riso, mas...
—Eri, você está bem? —Eu estava rindo muito então as palavras saíram emboladas.
—E você ainda ri de mim?
Estendi minha mão e ela a segurou e então se levantou, e começou a limpar a sua calça. E enquanto isso eu disse.
—Bom é meio difícil não rir dessa situação.
Ela me olhou com aqueles olhos azuis. Ela estava com raiva, os olhos semicerrados e seus lábios firmes.
—Bom fazer o que, vamos tentar de novo.
Mas nessa hora ela percebeu que as pessoas ao redor estavam notando nela. Ela ficou vermelha de vergonha e segurou na ponta da minha camisa pela parte de traz.
—Não se preocupe Eri, não vai acontecer nada.
—Não é bem com isso que eu estou preocupada.
Então os outros chegaram eles vinham tomando um sorvete, menos Joseph, que não tinha dinheiro.
E logo todos viram aquela zona e riram um pouco, mas logo vieram ver como Eri estava.
—Como você caiu, Lucky não te segurou?
—Bom aparentemente não. —Eri estava com uma cara furiosa.
—Tudo bem... eu admito, eu não estava te segurando. Mas é porque se eu não soltar não tem como você andar sozinha.
Ela continuou com os braços cruzados e balançou a cabeça para o lado.
—Bom vamos tentar mais uma vez?
Ela abriu um dos seus olhos e me encarava, quase como um samurai prestes a assassinar um bandido.
—Não sei, acho que você só quer rir de mim.
—Pode ser. —E dei um pequeno sorriso, pois eu gostava muito de irritar ela.
Ela ficou realmente invocada e mais uma vez balançou a cabeça para o lado com desprezo. E Joseph resolveu falar.
—Ei pombinhos agora não é hora para uma dr.
Eviy parecia inquieta e como todos estávamos cansados.
—Vamos todos para casa, hoje foi dia de prova e todos nós estamos cansados.
—Concordo. —Disse Eviy.
—Bom, de todo modo nossas aulas vão ficar menos importantes a partir de hoje.Tem muito tempo para Eri aprender a andar de bicicleta. —Disse Joseph estando irritado, por não ter trazido dinheiro.
E Code se manteve em silencio enquanto tomava seu sorvete, as vezes eu me pergunto como ele consegue ver tanta coisa e ficar em silencio?
Bom Eri não disse uma palavra sequer, mas quando estávamos sozinhos. E ela ainda estava emburrada, eu coloquei a mão sobre seus cabelos loiros e cerdosos apesar de bagunçados.
—Olha você foi muito bem hoje. Eu só ri por que você é incrível e consegue fazer qualquer um rir a qualquer hora.
—Então quer dizer que eu sou uma piada?
—Não foi isso que eu quis dizer, e você sabe.
Então ela fechou um dos olhos e abriu um sorriso com o canto da boca.
—Como disse, você é incrível.
—Ho! Ho! Ho! Com toda a certeza sou mesmo.
E então rimos e conversamos sobre muitas coisas sobre a prova até que nossos caminhos se separaram.
Chegar em casa... O cansaço tomou conta da minha mente tirei os sapatos na porta de casa, andei até a porta do meu quarto, abri a porta lentamente e coloquei minha bolça no chão do quarto e me joguei na cama.
Coloquei as mãos sobre meus olhos e em fim eu pude dormir e fugir um pouco da realidade. Parece que todos nós na verdade queremos só uma desculpa para fugir da realidade, seja com trabalho, filmes, jogos ou livros. Mesmo os que trabalham construindo coisas, aprece que estão em um espaço completamente diferente do nosso.
Cada vez mais cansado e meu corpo não atendia a chamados, realmente o sono era grande, até que eu me acordei e lentamente eu me levantei da cama. Meu cabelo bagunçado e um enorme cansaço no corpo.
Era 3 da tarde e fui tomar um café para me manter acordado.
—Me pergunto o que os outros estão fazendo a essa hora.
Joseph estava online, acho que talvez ele só esteja passando o tempo mesmo. Já Eri pode estar praticando de bicicleta, espero que ela consiga aprender a andar em uma semana, acho que essa história ainda vai terminar com eu mesmo tendo de carrega-la.
Já Eviy estava tão inquieta, não faço ideia do que ela esteja fazendo, faz tempo que eu não converso com ela, e mesmo em momentos assim eu não consigo não me preocupar com ela, acho que no fim eu sempre vou me preocupar com ela, só que as coisas mudaram para mim e ela.
Os momentos com Eri são sempre tão únicos, que as vezes eu me esqueço das horas quando estou com ela.
E o café ficou pronto, a fumaça do café e seu aroma batiam em meu rosto, e a cada gole o café adquiria um efeito calmante.
—Realmente esse é um bom café.
Passamos algum tempo sem se preocupar e logo a semana terminou e começamos outra semana e fomos alugar as bicicletas, mas...
—Lucky...
—Oi Eri o que aconteceu, meu deus seus joelhos.
—Eu aprendi a andar, mas agora eu não posso andar.
—É parece que o que eu temia aconteceu, vou ter que te levar no bagageiro da bicicleta.
—Eu agradeceria se você fizesse isso por mim.
Então ela se sentou no bagageiro, ela usava uma camisa de mangas cumpridas, e usava uma saia preta com rendas, com toda certeza ela estava muito bonita.
—Bom ainda não chegamos no ponto de encontro então vamos.
—Sim.
E ela segurou na minha cintura. Aquilo me assustou, mas não foi ruim.
Minha bicicleta na verdade era emprestada da minha mãe, aquilo realmente era ridículo a única coisa boa e ruim ao mesmo tempo daquela bicicleta, era a cesta que tinha em sua frente que me permitia carregar mais coisas que o normal. A cor da bicicleta era horrível, ciano com certeza é uma cor que eu odeio.
Chegamos ao ponto de encontro, uma praça mais afastada, quando eu cheguei Eviy já estava lá, ela estava em sentada em sua bicicleta.
Ela usava uma camisa simples e uma calça preta uns sapatos pretos. Logo ela olhou em minha direção, mas ela parecia abatida quando me viu.
—Eai tudo bem? Cadê os outros?
—Oi, o Joseph não chegou ainda.
—É pelo visto vamos ter que esperar mais um pouco.
—Por que ela não veio com a bicicleta dela?
—Bom, eu caí tanto tentando aprender que quando aprendi já não conseguia andar. —Disse Eri, estando envergonhada.
—Isso é bem a sua cara. —Ela tentava parecer animada, mas eu já tinha percebido que ela não estava muito bem.
Então sem que eu pudesse dizer nenhuma palavra Joseph aparece, sua bicicleta era uma verde cor limão e sem sombra de dúvidas ela era uma das mais bonitas do grupo.
—Bom dia a todos, mas horas vejam só Lucky e sua bicicleta de senhora, tem até cesta.
—Ha vê se não me enche.
—Por quê a Eri não veio de bicicleta?
—Ela se machucou enquanto tentava aprender a andar.
—Bom, peso em dobro para você.
—Sim, mas apesar de tudo o que importa é ser divertido.
Então Eviy nos interrompeu e disse.
—Bom vamos indo que depois vai ficar tarde.
E começamos nossa pequena viagem começamos saindo da cidade, tinham algumas casas e todas de tamanhos diferentes, havia também apartamentos. A vista começou a ficar bonita quando passamos pela rua das arvores, o lugar era repleto de arvores a direita e a esquerda e seguia em frente até um cruzamento.
As arvores balançavam por causa do vento e as folhas caiam em enquanto passávamos. Eri parecia feliz, ela olhava para cima e sorria enquanto olhava as arvores, que possuíam cores diferentes algumas meio amareladas outras mais verdes e assim por diante.
Eviy seguia a frente ela parecia ter melhorado um pouco o seu humor, mas sei que algo a incomoda. Espero que talvez um dia ela volte a dizer as coisas assim como era antes, mas acho difícil. Apesar de ela ter deixado aquele cara algumas coisas continuam, suas notas melhoraram um pouco mais ela continua se desleixando, mas acho que ela ainda vai em festas durante a noite. Bom, mas isso não importa, o que importa é onde estamos.
Sem perceber enquanto pensava nesses assuntos eu acabo deixando passar a paisagem sem nem nota-la.
Logo o nosso caminho mudou e fomos em direção a uma estrada de terra onde ao redor tínhamos poucas arvores seguindo um caminho de terra. Mas apesar de ser um lugar afastado, muitas pessoas gostam de vir aqui.
O Ar do lugar e diferente da cidade onde estamos acostumados, o ar é puro e traz uma tranquilidade, Eri quase dormiu no bagageiro, essa parte foi realmente engraçada, mas eu acordei ela.
Finalmente depois de uma hora de pedalada chegamos no lugar marcado. Uma arvore realmente grande e com uma grama bastante verde ao redor junto com um lindo lago depois da arvore. O céu extremamente azul com pequenas nuvens brancas coloriu nossa tarde.
—Ufa finalmente chegamos. —Disse Eviy.
—Eu realmente me cansei com essa viagem. —Falava Joseph encostando a bicicleta na arvore.
Eri desceu da bicicleta e logo começou a ajeitar as coisas.
Não sei o que estava dando nessas meninas, mas realmente o clima estava pesado, sinto que logo terei de lidar com essa situação.
Colocamos uma pequena toalha de piquenique e trouxemos bolinhos e refrigerantes, passamos a tarde a se divertir, jogamos dominó e todos riam, Joseph ficara irritado por sempre vir três carroças para ele.
Depois passamos um tempo conversando sobre coisas sem importância, mas continuávamos seguindo despreocupados pelo dia. Eviy parecia não estar mais tão incomodada e Eri se mantinha cautelosa. Mas todos se divertiram.
—Pena que não trouxemos roupas de banho se não poderíamos entrar no lago. —Disse Eviy.
—É eu realmente não sabia que aqui tinha um lago, só sabia que era um local bem visitado. —Falou Joseph que parecia estar com calor, pois ele se abanava muito.
—Bom nesse caso não tem muito o que fazer, deixa para a próxima vez. —Disse eu inocentemente pensando se haveria uma próxima vez.
Eri falou algo que realmente me deixou preocupado.
—Será que quando formos adultos poderemos passar tempo assim...
—Eu não sei... —Dizia Eviy, ela realmente parecia preocupada.
—Pessoal deixem de falar besteira, todos nós ainda vamos crescer, se preocupar com uma coisa sendo que ela ainda não aconteceu é loucura.
—Finalmente algo sábio vindo de você Joseph.
E todos riram, menos Joseph que correu atrás de mim.
E nós resolvemos ir embora; enquanto voltava, eu pensava sozinho, temos tempo para aproveitar a vida, mas será que eu estou fazendo isso certo, será que passar tempo com amigos ou ir para uma faculdade será que isso é o certo a se fazer?
Infelizmente eu não tenho nenhum guia do que eu devo fazer, ninguém me disse que depois da escola a minha vida tinha de ser decidida a base de incertezas, o mundo é um lugar caótico as coisas nem sempre são o que parecem ser. Uma coisa hoje pode funcionar e amanhã talvez não funcione.
Ser jovem é viver de incertezas? Eu acho que se a vida for apenas viver pouco tempo morrer e chegar ao fim, então qual o sentido de tudo isso?
São perguntas que eu não tenho a resposta, eu não acredito muito em vida após a morte ou em ir para o céu ou inferno. Acho que se fossemos para o céu ou inferno, muitas coisas deixariam de ter sentido como por exemplo hospitais e coisas do tipo.
Mas apesar de não acreditar nessas coisas eu acredito que temos um motivo para existir, mas qual motivo? Não sei ainda...
Acho que temos de descobrir, enquanto não tenho resposta, se eu puder sorrir e fazer pessoas sorrirem eu estarei bem.
—Chegamos.


continua Arrow Arrow Arrow Arrow

lucky3ds gosta desta mensagem

Ir para o topo
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos