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Amnésia
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Sáb Dez 21, 2019 7:21 pm
O Leão Dourado e a Águia Carmesim


O campo de batalha de Nifgard estava repleto de corpos caídos, mas a luta ainda não estava terminada. Os soldados de HelmHert lutavam com suas espadas e corações, em um número muito menor do que seus inimigos Nifgardianos. Era um massacre unilateral.

Do sangue e lama, o terreno se mostrava ineficaz para qualquer um que desafiasse a natureza, mas quem iria olhar ao redor quando a arma de um desconhecido brandava para cima de seu pescoço? O foco e atenção era apenas em sobreviver. E era o que a Rainha Elisama gritava aos seus homens.

– O barco está chegando? – gritou, ela, do meio do campo de batalha, para Lucio, seu guardião e maior amigo. – Os Tjorks virão?

O largo machado de Lucio decepou uma cabeça, mas ao girar, respirou fora de batalha, pela primeira vez em minutos.

– Não, minha senhora. Houve um imprevisto, a rota foi bloqueada – não ocultava seu receio e medo. – Estamos sozinhos.

– Então – disse, segurando ainda mais forte sua espada cinzenta – lutaremos sozinhos.

O fio da batalha foi instantâneo. Lucios foi um dos primeiros a cair, e o número dos Helmertes diminuía gradualmente enquanto seus inimigos avançavam. A estratégia era usar o terreno contra os Nifgardianos, mas até mesmo nisso eles erraram. Tudo era desvantagem. Tudo levava a derrota. Até mesmo as orações dos caídos, semimortos, não se elevavam aos céus.

Foi em uma explosão de gritos dos Nifgardianos quando a rainha tombou pela primeira vez, arrastada para trás depois de um golpe em sua face. O punho do homem deslocou não somente a mulher, mas toda a moral que suas tropas ainda mantinham no peito. Era o prelúdio da derrota.

– Vencemos – um dos Nifgardianos gritou. – Vencemos, senhores.

A verdadeira batalha se iniciava, na verdade.

Uma saraivada de cinco flechas sequenciais acertou os cinco mais próximos da rainha, diretamente de angulos iguais, atravessando sua ponta pelo olho ou testa, outros pelo nariz, e saindo do outra lado.

Lucios, ainda caído, mantinha o olhar tenebroso aos tiros defletidos. A pontaria era perfeita. A rainha se mantinha caída, sem ter visto o ocorrido, mas recobrou os sentidos quando um veloz trote ressoou ao seu lado.

Duas pessoas encapuzadas dispararam para o meio do exercito, com risadas barulhentas e sinos ecoando ao redor do campo de batalha. Os Nifgardianos avançaram contra eles, mas o cavalo não parava por nenhum deles. Colidia de frente, levantando alguns homens e derrubando outros, pisando em corpos e relinchando. No final, apenas parou quando um dos homens gritou:

– Aerrou, Sina.

Ele pulou do cavalo puxando sua espada e enfincou dentro da armadura de um dos inimigos. A espada atravessada e o sorriso na cara. Contente, seus olhos dourados brilhavam feitos dois sois.

– Eu jamais achei que estaria olhando para um campo com tanta vida – comentou, puxando a espada e deixou o cadáver tombar. – Tantas vidas, tantos homens, isso é um paraíso.

– Mexa-se, Kamil – a mulher saltou do cavalo. – Estamos aqui a trabalho. Não se perca no prazer.

– Como não, minha irmã? – Os dois braços abertos, encarando o medo dos seus inimigos perante a eles. – Estão tremendo. Olhe só.

– Pelos deuses, Kamil – Mayla sorriu, discretamente. – Acabe com esses olhares miseráveis o quanto antes.

A batalha de Nifgard é contada pelos dias de hoje como uma das batalhas mais sangrentas da história do continente. HelmHert foi o vitorioso, e os contos dizem que a rainha triunfou contra seus inimigos de forma majestosa. Estratégia, força e vontade, assim definido a vida e morte de uma das mais influentes mulheres de todo o continente.

A história, entretanto, negava a existência das duas criaturas que, assim como os soldados, lutaram contra um batalhão inteiro. Espadas sangrentas, habilidades fora do comum, uma concentração absurda que muitos almejavam para si. Um homem e uma mulher, ditos como irmãos, que com espadas comuns, criaram o caminho para a Rainha se tornar a mais poderosa pessoa.

Os caçadores de recompensas e salteadores conheciam um pouco da verdade que se escondia entre a realeza e a plebe. Os dois conhecidos como o Leão Dourado e a Águia Carmesim. Os chamados Tormenta de Nifgard.
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