Criação de Enredos -- Eventos

Uma das coisas mais interessantes para se começar um enredo é um roteiro. Nesse caso, existem diversos modos de como se escrever um, no próprio Youtube há pessoas que ensinam. Um deles é o ‘Evento – Causa – Consequência – Continuação’.


Quando começamos a querer criar algo do zero, pensamos desde seus primórdios. Esse é um fato já que queremos ter uma base rica para que consigamos puxar o leitor e o tornar nosso. É o que todo escritor quer e deseja, alguém que leia suas obras. Então, começamos direito.

Pra começo de conversa, deixe de lado todo o seu misticismo quanto a escrita. Alguns escritores ditam regras e tabus que não podem ser cometidos, de ideias que são desgastadas ou ruins, ou até mesmo personagens padrões que seguem um roteiro.

Diga um belo ‘Foda-se, mi amigo’ para cada um desses. O que faz uma boa história é o desenvolvimento que você faz, e uma ideia ruim na mão de alguém poderoso é uma arma letal. Porém, como eu disse, deixe tudo de lado, crie da forma que achar necessário e da forma que achar mais incrível. Uma boa história começa da inovação e do padrão, um vinculado ao outro.

Então, vamos lá:


– Como eu disse, um mundo rico é mais fácil de se comunicar. Quando se tem o nome dos lugares, os nomes de personagens, o nome de situações, fica mais fácil entrelaçar um ao outro e formar camadas mais profundas da história.

GOT é um belo exemplo disso.

Criar lugares e personagens, isso é para outra hora.

Mas se não quiser criar nada disso, então, o método ‘Evento – Causa – Consequência – Continuação’ é pra você, mi amigo.

Começamos com o Evento. Já deixo claro que não existe nada de inovador nessa estratégia, mas é bem eficiente para os preguiçosos de plantão, como eu, na maioria das vezes. Criar uma história a partir de um vislumbre de algo que gostou serve justamente para criar esse feito.

Eventos nada mais são do que situações especificas que ocorrem com determinado personagem, seja qual for. Ele pode ser uma boa pesca de um velho cego, ou um bebê dentro de um rio com um pulmão cheio de água. Pode ser um grupo de ladrões atacando a cidade ou uma tempestade de raios destruir a torre da igreja sagrada.

Ela se forma de qualquer situação que queira escrever, e dela partirá também o personagem.

Já digo de antemão, seu protagonista é o personagem principal da história, mas não é o único dela. Imagine você no centro de uma cidade rodeado de pessoas. Se olhar para cada uma delas, poderá ver que existe algo que estão fazendo ou que estão indo fazer. Podem estar ali porque conseguiram o emprego dos sonhos e podem gastar com mimos para si ou foram despedidos e querem um mimo para si.

O motivo não importa, mas ela existe para qualquer um, e assim também deve ser sua história. Muitas obras começam com eventos que não partem diretamente do protagonista, mas que o envolve.

Eu posso roubar uma maça. Esse é um Evento Direto, que ocorre comigo.

Um ladrão pode roubar uma maça e correr na minha direção. um Evento Indireto que vou me juntar.

Por mais que seja simples na teoria, intercalar os dois em uma história pode ser complicado para quem está começando. De qualquer forma, um Evento se forma baseando em um ocorrido que une o personagem.

Certo? Certo.



Pra todo feito há um efeito. Nas palavras mais brandas, para algo ocorrer, ela deve ter um motivo. Muitas pessoas não dão muita vazão para essa marca, já que podem jogar qualquer convicção no meio e dizer que é uma causa.

Literalmente, causa é um redutor do Evento. Pode vir antes ou depois, a sua escolha, e não depende exclusivamente da sua boa vontade. Falei que qualquer convicção de qualquer personagem pode se tornar uma causa, porém, não misture com efeito.

Roubar uma maça é um efeito, ter fome é um feito.

Sempre existe ligação entre uma e outra.

Existe, é claro, causas que não precisam ser ditas no ato ou que serão escondidas na história e expostas no meio ou final. Assim como aconteceu em Harry Potter, com Snaipe, sendo considerado um herói no final da saga. Ou Anakin, em Star Wars, ser realmente o Escolhido, mesmo depois de se tornar um Sith.

A forma como escolherem trabalhar com a técnica vai definir esse preceito.



Ah, a reação. O que acontece se você roubar uma maça e for pego? É cana, meu amigo. Não preciso dizer que cada ação gera uma reação, e por isso, também existe coisas que acontecerão na sua história por conta de um ato de seu personagem ou algum secundário.

O fato é que cada consequência de uma história tende a ter uma bela criação de outros eventos, que circulam em volta do mesmo procedimento.

Para uma consequência, existe também a Direta e Indireta. Imagine você assaltar um comboio de suprimentos no meio de uma estrada, já pensou para onde aquele comboio ia? Hum, não? Bom, pode ser que algum vilarejo passou fome, que alguém soube de seu nome e agora quer vingança porque a avó dele faleceu por sua causa.

Assim se criam novos eventos.

Os Diretos envolvem os personagens. Achar uma Pedra Mágica que é quase lendária. Muitos que cobiçaram essa pedra agora vão caçar sua bunda até que consigam pegar.

Os Indiretos é que um amigo seu pegou a Pedra Mágica antes de você, mas como são parceiros de longa data, partilharam de muitas histórias, irão atrás de você para que seja refém e objeto de uma troca.

É lindo como podemos moldar uma história apenas mudando os personagens de lugares, não é? É LINDO, CARA.



A última parte, não menos importante. Aqui, todo o Evento teve seu ápice, meio e fim, com começo, causa e consequência, não importa qual o tamanho. Guerras ou pedras atiradas em uma janela, cada uma delas tem sua própria beleza na escrita.

Assim, a continuação é a parte que interliga esses três pontos em novos três pontos.

Depois que assaltei a loja e roubei a maça, passei a ficar no xilindró. Atrás das grades, recebo a notícia de que minha irmã mais nova foi pega pelos agiotas que eu devia. Sim, isso mesmo, eu fui em um agiota antes.

Um novo evento: Sair da cadeia.

Como fazer, terei ajuda, serei visto? Isso eu só posso contar se escrever. E é o que devem fazer. Deem vida a história, façam valer a pena sentar e dedicar horas por dia nessa bela arte. E quando acharem que não são bons, lembre-se do ditado do começo: Foda-se, mi amigo.

Sejam seus próprios chefes, como um coach diria. Escrevam da maneira que acharem necessária, da forma que quiserem, mas sempre busquem melhorar. Escrever é uma evolução que nunca acaba, isso vale para qualquer um; amador ou veterano.

Assim, encerro esse documento. Uma das formas de criar um enredo baseado em partes, interligando um ao outro. Espero que tenham gostado. Até.

Demorei para ler, mas li, e devo dar meus parabéns, um belo texto para quem tá começando ter ideia das coisas, principalmente das consequências xD na verdade, este texto serve até mesmo par autores mais calejados, como eu <3