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Lord Castro
Lord Castro
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A Classes Única [lweb novel] Empty A Classes Única [lweb novel]

Sex maio 14, 2021 10:11 pm
Capítulo 1





— O outro mundo
 
Tudo começou quando eu vivia na terra, morava num apartamento pequeno, próximo ao meu trabalho e passava o primeiro horário do dia jogando ‘videogames’ e lendo ‘light novel’. Eu morava sozinho e não era de ter muitos amigos, não era uma vida perfeita, mas eu estava bem, assim. Eu era apenas um trabalhador formal com um emprego de meio período numa loja de conveniências, que dava para pagar o básico das minhas despesas.
Houve uma mudança do horário de trabalho por todo o globo, o meu expediente começava às 13:00 e todo o dia eu saía, às 19:00. Uma certa noite no final da minha jornada de trabalho, após esfregar bem o chão e organizar algumas prateleiras, alonguei meu corpo e debrucei sobre o balcão do caixa, pondo a mão sob o queixo e suspirei bem fundo, algo na noite me deixou inquieto, uma notícia passava na televisão.
— As principais notícias da noite. — Uma voz de fundo iniciava o jornal seguido de uma música irritante.
— A polícia militar está auxiliando no toque de recolher. Quem infringir a lei, sofrerá graves consequências — noticiou um apresentador com um olhar profundo.
— Cientistas brasileiros buscam parcerias para estudar o efeito das luzes em campo. Governo nega auxílio por falta de recursos — falou uma apresentadora com seriedade no olhar.
— Cai drasticamente o número de desaparecidos — disse o jornalista.
— Sobe para 48% o índice de crimes após o toque de recolher — falou a jornalista.
Aquela velha e mesma notícia que já se repetia ao decorrer de alguns meses, não era nenhuma surpresa e isso já estava ficando insuportável, mas senti algo de errado dessa vez. Eu me perguntava em pensamentos, ‘como uma luz faria isso e durante às 21:00? Por que só aparece em espaços abertos? Será que acontecem abduções depois das 9? Isso era muito estranho’.
As luzes pareciam, até ter vida própria, se aproximavam das vítimas e as engoliam, sem deixar nenhuma pista, a não ser os vídeos que circulavam na rede. Na ‘internet’ as visualizações passavam de milhões, várias curtidas, comentários e compartilhamentos, mostrava o momento exato das pessoas sendo perseguidas, outras das vezes eram raptadas.
Era o assunto mais comentado do momento, na maioria das vezes, câmeras de segurança e aparelhos celulares flagraram esses momentos. O governo brasileiro seguiu o exemplo dos Estados Unidos e China entre outros países, resolveram decretar uma lei que proibia a circulação de civis no horário principal, as pessoas deviam cumprir suas obrigações e exercer seus deveres muito antes da noite, muitos viviam assustados e outras nem tanto assim, a maioria obedecia, por questões óbvias.
Alguns fanáticos, no entanto, não cumpriam a lei. É como o caso de um sujeito que saiu a correr nas ruas com as mãos para cima — Levem-me daqui, ouça o meu pedido o nave-mãe — gritou o louco. Mais tarde uma luz intensa amarelada apareceu, ele parou de correr, retirou suas roupas, levantou os braços como se quisesse abraçar seu destino, ele sorriu e foi abduzido e nunca mais foi visto. O vídeo fez tanto sucesso na ‘internet’ que virou até um meme pouco tempo depois.
Os militares mantinham a ordem e a segurança local, toque de recolher às 20:00 em ponto, todos deveriam estar abrigados, a desobediência levaria a uma multa de 3 meses a 1 ano de prisão. Após a lei entrar em vigor os desaparecimentos raramente aconteciam e como os vídeos serviam de fiscalização, o tráfego de viaturas da polícia militar era menor depois desse horário, sem a necessidade de fazer rondas, que levou a uma série de atrocidades e crimes em países mais pobres.
Estudos foram feitos através de análises dos vídeos e para obter êxito, foi solicitado ao governo brasileiro para que os pesquisadores fossem estudar os fenômenos em campo, porém não tiveram permissão imediata, diferente de países desenvolvidos. Por insistência da (OMC) Organização Mundial dos Cientistas. Foi sugerido instalar câmeras especiais em vários pontos do mundo ou com maior foco de incidência, facilitando também o trabalho da segurança.
Em busca de respostas, cientistas de todo mundo tentavam desvendar esse mistério, foram várias tentativas, mas nem mesmo eles conseguiram chegar a uma conclusão plausível, apenas teorias surgiram. As pessoas diziam ser abdução alienígena, fantasmas, fogo-fátuo, outros, que o governo estava fazendo experiências, era uma teoria mais estranha do que a outra, conforme o tempo passava a dúvida e o medo prevalecia. Enquanto os meus olhos estavam fixos na televisão.
“Eu só queria desistir da vida triste e vazia, desejava ser levado por aquela luz, seja para lá onde ela fosse, nem se ela fosse a minha ruína. Se eu morrer a minha família que mora no interior, não teria condições de um enterro digno. A minha mãe sofreria muito, já basta ter perdido o meu pai, é melhor nem pensar nessas bobagens e também, a minha irmã está se esforçando para vir morar comigo no próximo ano, logo vai ser maior de idade. Se tudo acabar, não poderei ajudá-la. Pensei por um instante retirando meu boné para coçar a cabeça”.
Lembrei do meu velho e falecido amigo, um cachorro muito fiel, que acabou morrendo na tentativa de proteger-me. ‘Eu não tenho ninguém, sem namorada, ou amigos, estou sozinho aqui, a minha vida é um tédio, mesmo’. Estando pensativo, refleti na vida que levei até aqui e esqueci até mesmo que estava trabalhando como se meus sentidos estivessem desligados. Meu colega de trabalho Robert, chega de fininho.

— Eu espero que isso não aconteça comigo, eu morro de medo dessas coisas estranhas — disse Robert, enquanto roía as unhas.
Estendi os braços para frente, engoli seco com o coração acelerado e olhos arregalados — Nem vi você chegando — falei meio pálido.
— Eu estava nos fundos arrumando a bagunça — disse Robert, apontando o dedo para os fundos.
— Quase enfartei aqui! — falei com a mão sobre o peito.
— Desculpa, eu estava ouvindo noticiário de lá — disse Robert que ficou sem jeito com o punho fechado apontando o polegar para trás indicando onde estava.

— Eu só queria ir para casa e dormir — suspirei entediado.
— Boa ideia! — concordou ele sorrindo.
— Chega dessas notícias por hoje —, vamos fechar a loja? — perguntei após verificar as horas num relógio pendurado na parede.
— Sim! — eu também não vejo a hora de ir logo, já que o fluxo de clientes hoje é 0 — concordou Robert.
— Até porque, tem horário para esses fenômenos acontecer — vamos! — falei ansioso para descansar.
Andei até em direção a TV para desligar, e preparar para fechar o estabelecimento, quando parou um veículo e fomos surpresos por um homem mascarado, que saiu do carro com uma arma de fogo, anunciou um assalto.
— Isso é um assalto, mãos para cima, passa tudo que tem aí e sem gracinhas, bonecas! — gritou o bandido adentrando o lugar.
— Por favor! Não atire na gente — suplicou Robert gaguejando com as mãos espalmadas para o alto.
— Tem mais alguém na loja? — É melhor dizer a verdade — perguntou o bandido num tom mais alto, expelindo saliva em seus rostos.
— Não senhor! — respondi com as mãos para cima, o suor escorria frio no meu rosto.
— Espero que não, se não, atiro em vocês — disse o bandido sorrindo e balançando a arma.
— Só estamos nós dois, aqui. Já estávamos fechando a loja — gaguejou Robert.
— Está bem! Eu não quero ouvir mais nenhum chiado — você aí, gordinho, pega essa bolsa e encha de dinheiro, agora! — ordenou o bandido e jogou uma mochila olhando para Robert.
— Sim, senhor — respondeu os dois simultaneamente. Enquanto Robert apanhava a bolsa no ar.
— Eu disse sem nenhum barulho, meninas — disse o ladrão com o cano da arma no meio dos lábios na vertical.
‘Eu podia ativar esse alarme, mas se ele vir eu abaixando muito as mãos com certeza ele vai desconfiar e nos matar, a polícia também não chegaria a tempo, com certeza não vale a pena’.
— Ei! Você aí magrelo, ajude esse pateta — ordenou o bandido olhando para me, direcionando a arma para a bolsa.
Ele foi até a prateleira de bebidas com o olhar atento, abriu uma garrafa de uísque com os dentes, virou o litro na boca, voltou até o balcão e pegou vários maços de cigarro e pôs no bolso de sua calça. Robert todo trêmulo fez tudo que foi ordenado e eu o ajudava a encher a bolsa. Enquanto o bandido gritava enfurecido.
— Andem logo com isso ou eu vou explodir os seus miolos. — disse o bandido revirando mais um gole.
Olhou para o retrovisor com as mãos que serviu de pente, ajeitou seu cabelo loiro ao volante, movendo sua cabeça para frente e para trás ao som de um ‘heavy metal’ depois esmurrou a buzina loucamente.
 
        — Vamos, anda logo com isso — deixe um gole para me — gritou o outro bandido enquanto acelerava o carro, apontando o dedo através da porta do veículo.
— Já estou indo, pare de me apressar seu maldito — resmungou ele — esse filho da puta, quem ele pensa que é, para ficar me dando ordens? — rangeu os dentes com um olhar atravessado.
— Aqui está, senhor, a bolsa já está cheia — disse Robert pondo a bolsa sobre o balcão.
— Apenas isso!? Que espelunca miserável — cuspiu no chão — abra essa outra parte da bolsa!
Abri a outra parte da bolsa que estava cheia de drogas e ele pôs a bebida alcoólica dentro e pediu para eu fechar, ele pôs a bolsa em um dos ombros e saiu da loja mirando para nossas cabeças.
— Não tentem nada, fracassados — disse o bandido andando de costas para a saída, foi até a porta do passageiro e jogou a bolsa no carro no banco atrás do dele, guardou sua arma na calça, entrou no carro e gritou com seu companheiro ao volante.
— Vamos, Vamos, Vamos.
Eu me enchi de coragem e pulei sobre o caixa, na esperança de pelo menos memorizar a placa do carro e corri em direção ao veículo, mas já era tarde demais, os assaltantes fugiram.
Então Robert e eu fechamos a loja e fomos cada um para sua respectiva casa, eu me senti destruído por dentro e impotente. Cabisbaixo com as mãos no bolso, chutava uma lata vazia na rua. O silêncio predominava nas ruas, apenas o som da lata chutada repetidas vezes ecoava, gatos se estranharam nos becos, cachorros uivou à luz da lua, nada já me assombrava mais.
Avistei um banco de praça logo a frente e sentei, estava revoltado, na forma na qual fui tratado, eu não podia fazer nada contra um homem armado, fechei meus punhos com força e abri minhas mãos avermelhadas, me perdendo em pensamentos, esqueci das horas que passavam, deitei com um dos braços sobre os olhos e caí no sono, logo um feixe ofuscou sobre minhas pálpebras, o seu brilho azul intenso fez-me acordar.

— Eu só queria ter uma vida melhor, eu queria ter arrebentado a cara daquele bandido, estou tão cansado disso tudo — resmunguei chorando.
Então a luz me engoliu de vez, fechei os olhos e com um sorriso de desistência no canto do rosto, a minha última lágrima escorria, pensava que seria a última, mas o sofrimento maior estava por vir.
— Agora sim, consegui morrer de vez, não vou sofrer mais — falei conformado com meu destino.
— Agora tudo vai ficar bem — disse uma voz que ecoava na luz que me envolvia — uma doce voz, acalmava o meu ser.

Abrir os olhos lentamente, eu estava caindo de uns 3 metros de altura.
— Droga! Não! — gritei desesperadamente e caí no chão.
— Ai! — Eu acho que não quebrei nada — levantei e bati
a  mão sobre a minha roupa para retirar a sujeira.
— Onde será que estou? Isso é um sonho? Que voz foi aquela?



Olhei ao redor, eu estava em uma estrada de chão. Logo alguns metros a minha frente, uma grande muralha de pedras com um portão rústico de madeira no meio, chamava a minha atenção. Dois soldados armados com lanças, faziam a guarda local. Olhei para cima e vi duas torres, uma em cada extremidade, centralizando o portão. Tinha uma espécie de leão branco alado como o brasão que enfeitava as bandeiras vermelhas daquele lugar incomum.
— Será que estou em algum lugar da Europa?
— É a única explicação, alguns minutos atrás era noite. Como pode ser fim de tarde?
— Como isso é possível? — Eu estava agora no Brasil
Sobre os muros, um soldado revestido com uma armadura dourada direcionou suas mãos para cima, gritou em uma língua completamente estranha. Os arqueiros apontavam suas flechas em minha direção. Assustado e com as minhas mãos para cima, me aproximei em passos curtos para pedir informações, os arcos e flechas acompanhava cada movimento meu milimetricamente, os guardas gritavam mais alto ainda.
— Não atirem, por favor — gritei quase sem forças.
— A onde estou? — perguntei sem acreditar. ‘Agora pouco tinha uma praça aqui, será um sonho?’ Perguntei a mim mesmo.
Então os guardas, também confusos, cruzaram as lanças. Parei de andar, um dos guardas fez um sinal com uma das mãos. Uma trombeta foi tocada como um sinal de alerta, solicitando a presença do sábio, o mesmo veio com o rosto encapuzado, arrastando a base de sua túnica no chão segurando um cajado rustico apontou para me.
— Mais que negócio é esse? Perguntei coçando a cabeça.
O sábio conversava com os guardas uma língua distinta, e viu que eu diferia dos habitantes da cidade, reparando em minhas roupas que eram estranhas para eles, logo suspeitaram de eu ser um selecionado. Os guardas se aproximaram, pegaram-me pelos braços e ordenaram para eu estender as mãos como eu não sabia nada fiquei tentando escapar, mas eles eram fortes para tentar.
— Não, não, eu só quero saber onde estou, ou melhor, eu vou embora — suplicou ele.
O senhor se aproximou e encostou seu cajado no portão, retirou uma pedra de dentro de sua túnica e pôs a pedra em minha mão, os guardas impacientes fizeram-me fechar a mão e segurando o mineral, uma luz emanou no espaço dos seus dedos, ouviu uma voz que ecoava em meu consciente. Minha visão logo embaçou e minha consciência foi parar em outro lugar, uma luz intensa envolta de um cristal gigante
— Me encontre, guarde segredo do meu contato.
O sábio retirou a pedra mágica dele e começou a falar.
— Agora suponho que deve conseguir entender — disse o sábio com uma voz rouca.
Eu estava assustado e me perguntava ‘como uma pedra poderia me fazer entender e ainda dizer algo em minha mente, então decidi guardar segredo’.
— Você deve estar se perguntando por que uma pedra tem esse poder, creio que no seu mundo isso não seja comum — O sábio então retirou o seu capuz, colocou de volta e sorriu, seu rosto era marcado por cicatrizes profundas.
        — Você disse outro mundo? Como isso é possível? Só pode ser uma pegadinha, onde estão as câmeras escondidas? — perguntei confuso com tudo. ‘Que rosto é esse?’
— Guardas! — libertem-no, já não precisam mais disso — ordenou o sábio levantando o braço até a altura do seu próprio peito, os guardas soltaram ele e os arqueiros abaixaram suas armas.
— Obrigado senhor — respondi aliviado.
— Venha comigo, vou te explicar tudo — disse o sábio adentrando a cidade.
Eu me sentia à vontade com aquele senhor, parecia uma pessoa legal, sem demora, eu acompanhei o sábio. Tudo era muito rústico e arcaico, outras coisas eram distintas, tavernas, estalagem, feiras livres com animais que eu nunca tinha visto antes. As pessoas da cidade não podiam conter a curiosidade, todos olhavam para mim de cima para baixo e sussurram entre si. Camponeses, comerciantes, moradores… Comentando entre si.
— Outro selecionado — disse um senhor de meia-idade bigodudo e parte careca.
— Será mesmo? — perguntou uma mulher de cabelos longos e ruivos.
— Este deve ser um impostor, nem parece forte. — disse uma senhora idosa com um cajado na mão.
— Realmente, parece ter muita fome, olha que magreza — afirmou um jovem com a boca cheia a morder uma fruta.
— Esse aí perderia até para um monstro qualquer — disse um cavaleiro trajado com uma armadura montado num animal estranho.
— Essa foi boa — falou e depois riu uma jovem mulher.
— Até meu filho mais novo conseguiria derrotar um monstro lodo — disse o senhor bigodudo
O sábio então disse: — Não ligue para tais comentários.
— Pouco me importa, só quero entender o que esta acontecendo — retruquei cerrando as mãos e indignado com as ofensas.
Chegando na praça central, o sábio disse-lhe: — Ponha as suas mãos sobre o cristal da revelação — pediu o sábio direcionando o cajado para o cristal.
O cristal ficava no centro da cidade, flutuando acima de uma escada circular constituída de 3 degraus, as pessoas se juntaram ao redor com curiosidade.
— Então se eu fizer isso, poderei saber o porquê de estar aqui? — falei meio incrédulo.
— Sim, por favor, jovem, faça o que digo — pediu o sábio.
Parei nas escadarias e pensei comigo mesmo, se ele tem o título de sábio, me ajudou a entrar nessa cidade, para conseguir informações e a entender o dialeto local, então não custa nada tentar. Continuei andando confiante e sem demora estendi as minhas mãos sobre o cristal que acendeu uma luz muito forte, atrapalhando a minha visão, enquanto olhei para o lado e a sua luz de repente enfraqueceu.
No cristal a informação surgiu:
[Nome: Noah Oliver.
Espécie: humano.
Afinidade: nenhuma
Idade: 22 anos.
Tipo: comum.
Habilidade: nenhuma detectada
Profissão: nenhuma detectada
Nível: 0.
Título: fracassado, frágil, selecionado inútil…].
— Olhem só, que perdedor — zombou o cavaleiro
— Como não ver? — riu o senhor bigodudo com broto de capim entre os dentes.
— Enforquem-no! — exclamou a senhora segurando o cajado.
— Saia da nossa cidade, pedaço de lixo — falou uma mulher enojada.
— Alguém daria 1 moeda numa mercadoria estragada? — disse um comerciante local.
Todos olharam e riram de mim, arremessaram vegetais e ovos, outros cuspiram e zombaram. Já humilhado, o sábio chamou os guardas para eu ser preso e enforcado, tentei correr de um lado para o outro, mas os cidadãos locais não permitiam que eu fugisse, me empurrando para o centro do círculo, mais próximo do cristal e já que não era útil para aquela nação começaram a me xingar de diversos nomes, 'eu fui tirado do meu mundo para morrer enforcado neste lugar desconhecido, parece que desta vez eu vou morrer'.
— Você é um caso perdido, — eu não acredito que perdi meu tempo com um lixo como você — falou o sábio se lamentando girando a cabeça para os lados.
— Vão todos aqui para o inferno, eu apareci nesse lugar estranho de merda e ainda fui humilhado, vão todos se foder — retruquei com ódio.
Interromperam a minha fala com uma pancada forte que recebi na cabeça, que causou um desmaio. Fui jogado dentro de uma masmorra imunda e fétida na esperança que a morte libertasse-me, mais tarde ao acordar vi-me aprisionado com as mãos algemadas. Acorrentado na parede e com um dos pés acorrentado a uma bola de ferro, meu coração se enchia de fúria e revolta, ao lembrar das pessoas da cidade, a noite logo caiu e olhando para uma pequena janela da cela, via duas luas no céu.
— Eu mal posso acreditar no que vejo mais.
— Socorro! Socorro! Por favor, tire-me daqui — o que estou fazendo aqui? — perguntei e logo chegou um guarda e disse:
— Você me fará um grande lucro — falou o guarda enquanto esfregava uma mão na outra.
‘Não entendi nada, nem importei’
— Quando vou poder comer? — perguntei com um plano idiota de atacar e tentar fugir, — mas para isso, eu tinha que fingir que faria uma refeição ‘Quando o guarda me soltar das algemas eu vou fazer de qualquer talher a minha arma’
— Aqui não tem comida para um selecionado inútil — respondeu o guarda.
— Por favor, eu estou com fome e com sede. ‘Vamos idiota traz a minha comida e é você que terá sua última refeição’.
O guarda retirou seu elmo e fingiu empatia, sorriu com um olhar de piedade e enfiou o seu dedo no próprio nariz retirou uma secreção gosmenta amarelada e com a outra mão segurou o meu queixo e passou nos meus lábios, vomitei no chão sujando as suas perneiras prateadas que logo, eu cuspi em seu rosto ele se enfureceu e aplicou vários socos em meu rosto e xingava-me muito.
— Seu maldito selecionado inútil, eu vou te arrebentar — eu sorri com o rosto sangrando e olhos inchados, mostrei o dedão do meio para ele.
— Você gosta mesmo de apanhar — rio o guarda abaixando a parte inferior de sua armadura
— Ah! Agora lembrei, você disse estar com sede, aqui, beba isso — urinou e cuspiu em meu rosto e saindo dali, trancou a sela, deixando-me revoltado. ‘Você com certeza sofrerá as consequências’. Pensei por um instante.
Eu precisava fugir a qual quer custo, eu serei enforcado amanhã. Eu juro que se eu tivesse uma oportunidade eu mataria cada um deles, tornaria as muralhas desse reino as paredes que segura uma piscina de sangue, eu simplesmente nadaria nela, mas primeiro faria cada um sofrer. Tentei dormir, a minha barriga roncava e o cheiro repugnante daquele lugar não permitia meu descanso.
No dia seguinte, por volta das 23:00, o guarda veio acompanhado de um senhor que usava um capuz sinistro. O senhor olhou para Noah através das grades e deu um pequeno saco para o guarda, cheio de dinheiro a moeda Ged. O guarda jogou gentilmente o saco para cima e aparava com a mão para sentir o peso, desamarrou o saco, despejou os dobrões sobre a mão, conferia as moedas, contou e mordeu cada uma delas.
— Foi bom fazer negócio com o senhor — disse o guarda com um sorriso mesquinho.
...
Entrou o senhor na cela, estendeu a sua mão e lançou um raio cinzento em me, o formigamento tomou meu corpo, eu já estava no chão sobre o efeito paralisante após ser atingido. Fui retirado das algemas pelo guarda, mas a tentativa de mexer-me era inútil. Ele abriu outro saco que cabia em seu punho, era enfeitado por uma escrita estranha ao seu redor, logo em seguida, o senhor retirou um homem de dentro com muita facilidade, que aparentava estar morto. O homem foi posicionado no mesmo lugar onde eu estava e aprisionado nas algemas. Desse mesmo saco fui colocado dentro, sem conseguir reagir, sentia o movimento como se estivesse sendo carregado na escuridão daquele lugar, depois de algum tempo o movimento parou.
Noah viu a luz quando olhou para cima, e logo uma mão o agarrou e retirou jogando ele para fora. O senhor disse algumas palavras estranhas e um círculo surgiu abaixo dos seus pés, restringiu seus movimentos e ficou sem nenhuma reação, olhou em volta ele estava numa sala ampla, parecia mais um laboratório de pesquisas com vários livros, e sobre uma grande mesa rústica várias pedras de diversas cores e tamanhos, símbolos por toda parte entalhados na parede e o chão do lugar. O senhor de capuz colocou uma pedra branca e brilhante que lembrava a mesma pedra que o sábio pôs em sua mão, enquanto ele colocava suas mãos sobre a sua cabeça. Várias informações em áudio, vídeo e conteúdo. Começaram a entrar na sua mente de forma clara, rápida e dolorosa.
   [Informações básicas: raças, crenças, territórios, magias, monstros, culturas… Para acessar as informações, basta dizer: ‘status’].
   Agora sei até o nome daquele sujeito estranho, que me escravizou. De repente a mesma voz feminina e doce, falou dentro de sua mente, enquanto segurava a pedra.
— Você deve me encontrar.
— Diz onde você está? Perguntou Noah.
— No tempo certo e na hora certa, você vai me encontrar, até lá — respondeu à entidade.
— Não vá! Preciso de respostas — implorou Noah na tentativa de alcançar a voz.
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Ter Jul 06, 2021 1:10 am
Ah, achei xD, Li a sinopse, agora a obra, boa... Seria bom se você criasse aqui um tipo de página principal pra obra, postasse ela no drive, e linkasse os capítulos aqui, tipo uma página de capítulos lá da Saikai, assim responderíamos sempre aqui, nesse tópico principal xD

Ta salvo, amanhã dou uma lida para fazer uma avaliação e te dar umm feedback xD
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Qua Jul 07, 2021 9:35 pm
Cara,  veja, eu curti a proposta da historia * - * Até porque você acompanha a causa e os efeitos das coisas (as causas tem consequências). Outro fato é que você inovou no evento de transmigração para outro mundo, muito bom, me surpreendeu... Fiquei me indagando o que teria motivado a existência da luz, espero q seja algo q você tenha uma explicação futura. Sua narração também é muito boa, me guiou muito bem. Contudo, tenho minhas ressalvas.

Algo que você precisa se atentar e praticar é a criação e desenvolvimento dos diálogos. Neste quesito eu tenho duas coisas a salientar:
1) Geralmente usamos o — para indicar um dialogo e fazer a separação da "fala do personagem" da "narração". Ex: Você usou a seguinte frase: — Vamos, anda logo com isso — deixe um gole para me — gritou o outro bandido enquanto acelerava o carro, apontando o dedo através da porta do veículo. Veja, esse — está em local errado, da a entender que agora será iniciada a narração, mas é a continuação da fala do personagem, por isso deveria ser uma virgula!
— Vamos, anda logo com isso , deixe um gole para me— gritou o outro bandido enquanto acelerava o carro, apontando o dedo através da porta do veículo.

2) Seus diálogos, apesar de exibirem quem está falando, não exprimem emoções, estão secos e mecânicos =/  Claro, isso se deve, em alguns casos, a falta de sincronia com a própria narração. Acredito que isso você so conseguirá melhorar com a pratica... mas uma dica, leia alguns livros, indico os de Rick Riordan por parecerem bastante com Light novel, e leia-os tentando perceber a forma de montagem e caracterização que ele faz dos diálogos.

Um bom ex: Sua Versão -> Abrir os olhos lentamente, eu estava caindo de uns 3 metros de altura. — Droga! Não! — gritei desesperadamente e caí no chão. — Ai! — Eu acho que não quebrei nada — levantei e bati a  mão sobre a minha roupa para retirar a sujeira.
— Onde será que estou? Isso é um sonho? Que voz foi aquela?

Como poderia ser ->  Abrir os olhos lentamente. Meu coração palpitou de surpresa quando percebi que estava caindo de uns 3 metros de altura. — Drogaaaaa! — gritei desesperadamente tentando entender como acabei naquela situação. Um som estranho soou quando me bati contra o chão, ao mesmo tempo uma dor excruciante percorreu meu corpo, principalmente a minha cabeça, mas agradeci internamente por não ter morrido. Ignorando o ardor dos braços, forcei-me a levantar e procurar por possíveis fraturas.— Urf...  felizmente não quebrei nada — Bati em algumas partes do corpo para ter certeza de que ainda estava inteiro e para tirar a poeira da roupa.
— Uhm? — Assustei-me ao olhar ao redor e perceber que nunca na vida tinha visto aquele ambiente.
Continuei analisando a área ao redor, mas ainda assim não entendia o que estava acontecendo.
— Onde bulhufas eu estou? — decidi caminhar um pouco para procurar por respostas — Será que estou sonhando? E aquela voz... que merda foi aquela? — Foi então que avistei uma grande muralha de pedra a mais ou menos 100 metros de distância de onde estava....

Enfim, o que quis mostrar são formas que você pode tentar estudar e melhorar para passar mais os sentimentos dos personagens durante dos diálogos e a narração. Claro, minha forma não é 100% correta nem a verdade absoluta, eu ainda estou estudando escrita, preciso aprender muito, mas acredito que o pouco que sei possa te ajudar a melhorar e criar um estilo próprio.

Outro ponto que gostaria de comentar é que senti falta da caracterização do mundo real, mais no sentido de entender onde o protagonista está. Primeiro pensei q ele estava no Japão, depois do noticiário pensei que ele estivesse no Brasil. Mas quando o MC vai para o outro mundo, ele se pergunta se ta no Brasil por conta do fuso horário. Acredito que você deva da uma melhorada nesses quesitos!

Outro ponto que acredito que você deva se atentar é o tamanho dos capítulos. Tente fazer algo em torno de 1800-2200 palavras. Já fiz alguns testes e mais que 3000 fica maio cansativo pro leitor. Acredito que você deva melhorar a 1° parte deste capítulo levando-o ate o momento que ele dorme e a luz o pega, e o 2° capítulo você narra os primeiros momentos dele no outro mundo.

Por ultimo, erros gramaticais. Tem vários errinhos que incomodando conforme a leitura, mas nada que um bom revisor não resolva. Contudo, dou-lhe uma dica... Não fique com preguiça de reler seus capítulos, cada releitura você percebe que tem algo q pode melhorar... e dessa forma vamos amadurecendo como escritor. Tenha em mente que a 1° versão é sempre o rascunho que precisará ser revisado e editado muitas e várias vezes. Não fazer isso foi um erro que cometi por muito tempo!

Por fim, parabéns, sua historia tem potencial, se você mantiver o ritmo e a convicção necessária para escrever, irá amadurecer e criar uma magnifica obra!
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