- Diegiwg
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(CURTA) UM CADÁVER ANONIMO
Ter Jul 07, 2020 10:43 pm
UM CADÁVER ANONIMO
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Olá, essa é minha primeira tentativa de construir uma historia que não envolva magia, então espero que gostem...
No momento tenho apenas o prologo, mais pretendo escrever logo o primeiro capitulo, estarei agora pedindo uma analise da premissa da historia...
Obrigado a todos que comentarem...
- PROLOGO:
Minha vida estava indo muito bem, todos os meus planos tinham perspectiva de serem alcançados, até que o universo resolveu lembrar-me que a tendência é evoluir junto a entropia. Sabe, a dois anos atrás, meu maior medo era não ser capaz de resolver um cálculo em minha avaliação de matemática, errar a conjugação de um verbo em português, mas hoje, me preocupo com o frio, com a comida e com a caixa de papelão que chamo de casa. Posso dizer que até meus dezesseis anos fui um jovem privilegiado, nasci em uma família muito boa, com pais que se preocupavam constantemente em garantir minha formação como uma pessoa apta para a sociedade.
Eles se esforçaram em me educar, fui ensinado que muita coisa ruim acontece, e é nossa obrigação não aceita-las, e sim, pegar o que lhe aconteceu e buscar oportunidades para explorar meios de superar tal situação desagradável. Jurava que tinha aprendido muito bem como fazer isso, pois, sempre fui uma pessoa muito influente em meu círculo social, até mesmo fora dele. Porém, descobri que isso não é assim muito verdade, quando perdi tudo, tentei desesperadamente utilizar minhas habilidades sociais para não afundar no mar de desgraça que a mim foram acometidas.
Um pouco de contexto para você que está lendo o livro que um dia pretendo publicar, como já foi dito, me considero (ou considerava) um jovem privilegiado, pois, nasci em uma família com ótimas condições financeiras. Meus pais eram os fundadores de uma corporação de transporte marítimo que basicamente dominava o setor em nosso país, Brasil. Isso me permitiu ter muitos avanços em minha construção pessoal, diversos cursos desde muito novo, ao ponto de estudar coisas super desconexas, como, por exemplo o ano que resolvi aprender russo e autodefesa.
Mas o que pode ter dado errado em uma família como a minha você deve estar se perguntando? Tudo começou quando meus pais se tornaram alvos de uma investigação federal sobre sonegação de imposto. Não sou um otário, e tinha certeza que eles faziam isso, afinal, que grande corporação não sonega imposto no Brasil? Então, estava muito longe de me preocupar com essa investigação, pois era questão de quanto dinheiro os policiais iriam pedir para uma pena leve de alguns anos em prisão domiciliar para meus pais. Dito isso, continuei vivendo minha vida, até que meus pais foram presos.
Esperado, não é? Não, eles não foram presos por sonegarem imposto, mas sim por serem donos de uma rede clandestina de compra e venda de escravos. Sim, em pleno 2018, existem escravos, de toda categoria, e meus pais basicamente mandavam na rede escravocrata da América do Sul. Quando descobri esse fato, entrei em choque. Não sabia como reagir, me desesperei e fiquei trancado em minha casa, longe de tudo e todos. A polícia me interrogou, e quando eu conseguia colaborar com os interrogatórios, deixava claro que não sabia de porra nenhuma sobre esse lado filho da puta de meus pais.
Depois de um mês meu pai cometeu suicídio. Ou foi o que me disseram, ele foi capaz de dar um jeito de morrer sufocado com uma moeda, a moeda da sorte dele. Depois desse episódio, minha mãe que já estava na merda psicologicamente, enlouqueceu e teve que ser transportada para uma clínica. Não demorou muito para ela também morrer, dessa vez disseram que foi uma briga. Sim, alguém conseguiu morrer enquanto brigava em uma clínica 100% do tempo monitorada. Então, sabendo que o próximo a morrer seria eu, para que minha família, e com ela a nossa história desaparecesse, resolvi morrer.
Peguei a grana que a polícia ainda não tinha apreendido, que estava escondida em um compartimento secreto na piscina de minha casa de férias. Algo em torno de dez mil reais, e usei meus cursos na adolescência para desaparecer. Não sei dizer quanto dias fiquei na minha cidade, jogado na rua apenas com minha roupa do corpo, e meu dinheiro muito bem escondido no casaco. Obviamente virei um procurado, pela polícia como uma testemunha, pelas pessoas que trabalhavam com meus pais como um alvo a ser apagado. Felizmente a cidade de São Paulo é grande o suficiente para que um rapaz desapareça por um tempo.
Conterei mais a frente toda a minha jornada, agora você só precisa saber que mudei de nome, endereço e vida. Continuo morando na rua, vivendo cada dia de uma vez, sem saber muito bem o que quero fazer, tenho ficado nesse estado por dois anos. Só sei que antes de ser descoberto e morrer, quero documentar toda a minha história, e para isso comecei a escrever esse livro em um blog escondido na DarkNet. Não publiquei nenhum link, mas já desenvolvi um sistema autônomo que vai disparar para o mundo meu blog se eu desaparecer por mais de uma semana.
Então a não ser que eu tenha me tornado um mago, e tenha descoberto uma forma de realmente virar outra pessoa. Posso dizer que se você está lendo esse prologo, bom definitivamente devo estar morto agora. Não sei quanto de minha história está contida nesse relato, mas peço que a leia com paciência, e aproveite comigo minha jornada de merda. No mais, lhe desejo um bom primeiro dia.
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